segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Pequeno tratado sobre as almas distantes

Em virtude dos pegajosos caminhos visados ao apogeu da personalidade, surge comumente descompassos entre a cinética cotidiana e o magma substancial de constante movimento cíclico e orgânico nas vias intra corpóreas. As velocidades, quanto mais distintas, ocasionam perda de equilíbrio, arritmia generalizada, ofuscamentos, instabilidades moleculares e dança de dúvidas. Enquanto as causas originárias da anacronia só conseguem ser combatidas em específicos momentos, nos quais a singularidade pontual é atingida pela parada do tempo, métodos paliativas costumam ser utilizados, tanto à aproximação dos paradigmas quanto ao encobrimento da consciência sobre o abismo entre os pontos. Entretanto, pode-se chegar à excelência da resolução do conflito sem a necessidade de recorrer a reagentes materiais. Sendo a mente a desencadeadora de qualquer pendência, nela encontra-se permanentemente os átomos gênese dos processos de pequena morte. Cabe ao paciente – e é justamente nisso que se contém sua responsabilidade primordial no tratamento – reencontrar caminhos que excitem os átomos vitais, sobressaindo a energia do magma em relação à velocidade cinética.
 
...ou vivo te encontro em meu ser.