Então o caminho se fez
presente. Uma linha. Uma linha torta. Uma linha torta e pedregosa.
Uma linha torta e pedregosa e cheia de cumes e vales. Porém linha
demarcada. Uma direção clara e única: sempre em frente.
Era a coisa mais
maravilhosa que alguém poderia supor. Não importava o caminho. A
glória era não possuir mais questões. O crucial era ter encontrado
o exato sentido. Bastava trilhar, trilhar, e encaminhar todos os
esforços para transpor os obstáculos.
É verdade que não
havia um mapa dizendo aonde esse caminho ia dar exatamente... Mas
isso já era exigir demais! Era o único percurso penetrável frente
ao vazio de possibilidades, não podia desprezá-lo.
Entrou, passou,
continuou, e uma hora começou a desconfiar. Trilhava um trajeto
muito semelhante ao que havia vencido. A coincidência permanecia.
Então não teve dúvidas da circularidade da rota.
Parou para refletir.
Mais alguns passos ao início do processo e poderia escapar, tentar
outro percurso. Só que seria desperdício demais. Se acostumou tanto
ao caminho que as dificuldades já estavam previsíveis: não teria
por que fugir.