É a solidão. Não tem o que pensar, não há metafísica. É a solidão pura e simples de não ter ninguém a seu lado. Solidão bem mais profunda que o amor perdido. É a solidão de não ter ninguém para contar que está só.
Nesta solidão há um certo capricho. Comparada aos problemas do mundo, é uma dor vã. Aguda e vazia, imaterial. Um peso dobrado de se doer sozinho. É a vergonha por estar prostrado sem motivo.
Paliativa-se solidão em companhia. Mais cômodo é sofrer, refugiar-se da busca. Talvez crônica esta solidão: em diversas ocasiões entre seres insanável.
É a teimosia em considerar-se correto. Suportar o peso de preferir desinteressar-se do mundo. Ainda não há remédio a aniquilar esta solidão.
Livrar-se da dor é compartilhá-la. É altruísmo, esta solidão.
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