segunda-feira, 26 de março de 2012

15 Ordens sobre 1 Largo

Se realmente fossemos livres
não precisaríamos sair toda noite
à procura de bebida

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A menina dos meus sonhos
é humilde, roqueira e alcoólatra
E não dá para outras pessoas além de mim

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Aqui eu me sinto livre
Encontro a piazada, ouço um rock,
chapo sem gastar, encontro umas bucetas
Meu único cuidado é não perder o busão das 4
se não atraso para o trampo

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O babão me olha
com a cara torta
Aguentou muito nessa vida

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Vento sopra em nossas almas
Ouço o cheiro da canção
Cigarro e álcool

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4 horas da manhã. O rapaz cambaleando entra no china
bate no balcão com os punhos cerrados:
- Quero um leitinho com Toddy, porra!

Ele segue o conselho mas não perde a postura

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O velho dos dentes de piano
é competente em sua empreitada
- Agradece

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A gente só briga quando provocam
Avisamos pra ele não voltar
com aquela camiseta

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Aquela garota rebola
todos olham pra ela
comove as suas pernas
é impossível não pensar
E de tantos pouquíssimos podem
o mais forte, esperto, seguro
Ou então quem tem a sorte
de encontrá-la cozida e sozinha
(recomenda-se que este não volte
que a vista do guardião
está em todos os espaços)

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Procuro, procuro, escuro
qualquer coisa que me sobreviva
desperte alto mantenha de pé
obrigue os olhos abertos
Procuro, procuro, esmurro
só eu é que não me acho

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Rostos desfigurados
bebem cálices de sangue
O Guadalupe nos acolhe

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Quando amanhece esfria
Meu corpo já se acostuma
Ao frio do próximo dia

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Reconheço você!?
De dia, de tarde, de (uma) noite
Espere eu terminar a garrafa
Me encontre nas ruínas
Te apalparei
E só assim terei certeza

que todas vocês são iguais

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Venho pra esquecer
sonhos irreconhecíveis

Trago

Largo

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Quem formou este sangue?
Pode vir de tantos lugares...
Menos do coração.

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