segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Estágio horizonte - VIIº

Ando sonhando com coisas simples. Uma kitinet no 5º andar, com quarto cozinha e banheiro, um gato e meu amor; trabalhando 6 horas por dia com qualquer coisa, de segunda a sexta-feira, perto de casa e indo de bicicleta; imerso em teatro livros discos vinho, cinema e kama sutra – e pelo menos um sol a cada quinzena, estrelas por semana e uma lua a cada mês com amigos de hora em hora. A maior ambição que consigo conceber seria uma casa no campo vivendo de subsistência.

Até isso, e para isso, só posso continuar captando os frágeis fragmentos deste mundo, obtendo a matéria bruta para ressignificá-la em signos paralelos. É ter em minha consciência o filtro que permita dar vazão a todos os impulsos mundanos que me atravessam. É participar da vida em pesquisação, entregando-se somente àquilo que nos mova sem contrapartida, com o interesse mesmo de ser capaz de nos mover.

Então chego ao ponto em que, sabendo o que me amplifica, participo entregue ao que me liberta: com toda a liberdade de escolher aquilo pelo qual se quer estar preso. É estar ativamente neste mundo, à parte dele.

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