sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Profecia encarnada

Nada mais é intocável. Os estímulos emancipatórios talvez não sejam tão íntimos quanto se compreende. O familiar conforto assegurado prevê temor de intensidade não sentida. A cidade explorável fecha suas caras, ainda de precaução. O funcionamento sistêmico revela erros de essência e de conceito. Também as pessoas se esgotam de suas nascentes, cada qual imbuídas do nunca.

Até as lembranças, lacradamente absorvidas, dissolvem-se em transgênicas mutações – perda identitária induzindo rompimento.

Seus objetos construídos não lhe dizem mais respeito. Concebidos por serem eternos, estão isentos de domínio. Finalmente inexistem, esquecidos pelo criador, autônomos na procura de novos sentidos – parasitas enquanto ainda existem. Obras ineficazes de novos despertares internos.

Então cético, suspenso nas dúvidas. As fontes de minúsculas mutações provocadas por si mesmo morrem se não exploradas. Libertar para que ambos sobrevivam. Minimorfismos antes próprios, agora em mãos universais.

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